Servidores da PROTEC participaram recentemente do curso “Estratégias e Práticas para ICTs e Fundações de Apoio no Contexto do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação”, que proporcionou reflexões importantes sobre o papel dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e os desafios da gestão da Propriedade Intelectual nas instituições públicas. Durante o treinamento, temas como Transferência de Tecnologia, negociação com empresas, valorização de ativos e mudança cultural estiveram em destaque.
Para os participantes, o curso reforçou a importância de priorizar a transferência de conhecimento e tecnologia em detrimento da simples contagem de patentes. “O treinamento só confirmou o que eu já acreditava: vale muito mais transferir do que apenas ter um número de patentes depositadas. Se a tecnologia não chega ao mercado, como saber seu valor?”, destacou um dos participante. A fala reflete um dos principais desafios do ambiente acadêmico: aproximar a pesquisa do setor produtivo. “Muitos pesquisadores ainda têm resistência, enxergam a patente como um fim em si mesma. É preciso mudar essa mentalidade e entender que a inovação só tem impacto quando chega à sociedade”, completou.
Outro ponto enfatizado pelos participantes foi a necessidade de aprimorar os processos de negociação e de definir estratégias mais claras para valorizar as tecnologias desenvolvidas na Universidade. “Percebemos que é fundamental saber valorar nossas tecnologias e construir um plano de negociação sólido, com a participação do pesquisador desde o início. Ele é parte essencial do processo”, ressaltaram. Segundo os servidores, o curso mostrou como alinhar as estratégias de negociação sem comprometer a execução dos projetos, garantindo a qualidade e preservando a imagem institucional.
Os conteúdos abordados também trouxeram visões práticas e jurídicas sobre o Marco Legal, apresentando caminhos possíveis para superar dificuldades regulatórias e fortalecer a atuação dos NITs. “A instrutora mostrou que, apesar dos desafios, existem caminhos legais e boas práticas que podemos seguir. Ela trouxe exemplos reais de como a inovação pode gerar resultados concretos quando há clareza e segurança jurídica”, relataram. Entre as reflexões, chamou atenção a discussão sobre o prazo de sete anos para comercialização de tecnologias. “É um período muito longo. A inovação precisa de agilidade — sete anos é tempo demais para o mercado”, pontuaram.
Ao final, os participantes destacaram que o curso também reforçou a importância do trabalho em rede e da cooperação entre instituições. “Mais do que competir, precisamos aprender a cooperar. Fortalecer parcerias com outras instituições é essencial para consolidar o ecossistema de inovação da região”, concluíram.
O aprendizado, segundo eles, foi enriquecedor e contribui para aprimorar as práticas da PROTEC e fortalecer a cultura de inovação na Universidade. “O curso nos fez refletir sobre a nossa atuação, sobre o que podemos melhorar e como podemos nos posicionar de forma mais estratégica no cenário da inovação”, resumiram.